TEMAS DAS PALESTRAS

Segue os roteiros do mês de Janeiro assim você pode acompanhar e saber quais as referências que os expositores se basearam para elaborarem as palestras. Basta clicar no título da palestra, para visualizar o texto. 





(20/01/2013 - 22/01/2013 - 23/01/2013)
Leis de Deus - Adoração
Livro dos Espíritos - Questões 549 a 573

PACTOS

549 Há alguma coisa de verdadeiro nos pactos com maus Espíritos?

– Não, não há pactos. O que há é uma má natureza que simpatiza com os maus Espíritos. Por exemplo: quereis atormentar vosso vizinho e não sabeis como fazê-lo; então, chamais os Espíritos inferiores que, como vós, querem apenas o mal. E para vos ajudar querem também ser servidos nos seus maus propósitos. Mas não se segue daí que vosso vizinho não possa se livrar deles por meio de uma ação contrária e por sua vontade.

Aquele que quer cometer uma má ação atrai, pelo simples fato de querer, os maus Espíritos para o auxiliar; então, fica obrigado a servi-los por sua vez, porque eles também têm  necessidade dele para o mal que queiram fazer. É somente nisso que consiste o pacto.

A dependência em que o homem se encontra, algumas vezes, em relação aos Espíritos inferiores provém de se entregar aos maus pensamentos que são sugeridos e não de quaisquer propostas aceitas de ambas as partes. O pacto em seu sentido comum ligado à essa palavra é uma alegoria que representa uma criatura de natureza má que simpatiza com os Espíritos maldosos.

550 Qual o sentido das lendas fantásticas em que os indivíduos teriam vendido sua alma a Satanás para obter favores?

– Todas as fábulas encerram um ensinamento e um sentido moral. O erro é tomá-las ao pé da letra. Essa é uma lenda que se pode explicar assim: aquele que chama em sua ajuda os Espíritos para obter os dons da riqueza ou qualquer outro favor rebela-se contra a Providência, renuncia à missão que recebeu e às provas por que precisa passar na Terra e sofrerá as conseqüências na vida futura. Isso não significa que sua alma esteja sempre condenada ao sofrimento. Mas, se em vez de se libertar da matéria, a ela se liga cada vez mais, o que foi para ele uma alegria na Terra não o será no mundo dos Espíritos até que tenha resgatado a sua falta por novas provas, talvez maiores e mais difíceis. Por seu apego aos prazeres materiais, coloca-se sob a dependência dos Espíritos impuros. Fica assim estabelecido entre ambos um pacto tácito que o conduz à perdição, mas que é sempre fácil de romper com a assistência dos bons Espíritos, se para isso tiver vontade firme.

PODER OCULTO. TALISMÃS. FEITICEIROS

551 Pode um homem mau, com a ajuda de um mau Espírito que lhe é devotado, fazer o mal a seu próximo?

– Não. A Lei de Deus não o permite.

552 O que pensar da crença no poder que certas pessoas teriam de enfeitiçar?

– Algumas pessoas têm um poder magnético muito grande do qual podem fazer mau uso se seu próprio Espírito é mau e, nesse caso, podem ser ajudadas por outros maus Espíritos. Entretanto, não acrediteis nesse pretenso poder mágico que está apenas na imaginação das pessoas supersticiosas, ignorantes das verdadeiras leis da natureza. Os fatos que citam para comprovar o seu poder são fatos naturais mal observados e, principalmente, mal  compreendidos.

553 Qual pode ser o efeito das fórmulas e práticas com que algumas pessoas pretendem dispor da cooperação dos Espíritos?

– É o efeito de torná-las ridículas se forem pessoas de boa-fé. Caso contrário, são patifes que merecem castigo. Todas as fórmulas são enganosas; não há nenhuma palavra sacramental, nenhum sinal cabalístico, nenhum talismã que tenha qualquer ação sobre os Espíritos, porque eles são atraídos somente pelo pensamento e não pelas coisas materiais.

553 a Alguns Espíritos não têm, às vezes, ditado fórmulas cabalísticas?

– Sim, há Espíritos que indicam sinais, palavras esquisitas ou prescrevem alguns atos com a ajuda dos quais fazeis o que chamais de tramas secretas; mas ficais bem certos: são Espíritos que zombam e abusam de vossa credulidade.

554 Aquele que, errado ou certo, tem confiança no que chama virtude de um talismã, não pode por essa própria confiança atrair um Espírito, já que é o pensamento que age? O talismã não será apenas um sinal que ajuda a dirigir o pensamento?

– É verdade; mas a natureza do Espírito atraído depende da pureza da intenção e da elevação dos sentimentos; portanto, devemos crer que aquele que é tão simples para acreditar na virtude de um talismã não tenha um objetivo mais material do que moral. Além do mais, em todos os casos, isso indica uma inferioridade e fraqueza de idéias que o expõem aos Espíritos imperfeitos e zombeteiros.

555 Que sentido se deve dar à qualificação de feiticeiro?

– Aqueles que chamais feiticeiros são pessoas, quando de boa-fé, dotadas de algumas faculdades, como o poder magnético ou a dupla vista. Então, como fazem coisas que não compreendeis, acreditais que são dotados de um poder sobrenatural. Vossos sábios, freqüentemente, têm passado por feiticeiros aos olhos das pessoas ignorantes.

O Espiritismo e o magnetismo nos dão a chave de uma multidão de fenômenos sobre os quais a ignorância teceu uma infinidade de fábulas em que os fatos são exagerados pela imaginação. O conhecimento esclarecido dessas duas ciências, que por assim dizer são apenas uma, mostrando a realidade das coisas e sua verdadeira causa, é a melhor defesa contra as idéias supersticiosas, porque mostra o que é possível e o que é impossível, o que está nas leis da natureza e o que é apenas uma crença ridícula.

556 Algumas pessoas têm verdadeiramente o dom de curar pelo simples toque?

– O poder magnético pode chegar a esse ponto quando se alia à pureza dos sentimentos e um ardente desejo de fazer o bem, porque os bons Espíritos vêm em sua ajuda, mas é preciso desconfiar da maneira como as coisas são contadas por pessoas muito crédulas ou entusiasmadas, sempre dispostas a ver o maravilhoso nas coisas mais simples e naturais. É preciso, também, desconfiar das narrações interesseiras das pessoas que exploram a  credulidade em seu proveito.

BÊNÇÃO E MALDIÇÃO

557 A bênção e a maldição podem atrair o bem e o mal sobre aqueles em quem são lançadas?

– Deus não escuta uma maldição injusta e aquele que a pronuncia é culpado a seus olhos. Como temos os dois opostos, o bem e o mal, ela pode ter uma influência momentânea, até  mesmo sobre a matéria; mas essa influência ocorre apenas pela vontade de Deus e como acréscimo de prova para aquele que dela é objeto. Além disso, muitas vezes, se maldizem os maus e se abençoam os bons. A bênção e a maldição não podem nunca desviar a Providência do caminho da justiça e nunca atinge o maldito senão quando é mau. A sua prote proteção cobre apenas aquele que a merece.

558 Os Espíritos fazem outra coisa além de se aperfeiçoar individualmente?

– Eles concorrem para a harmonia do universo ao executar os desígnios de Deus, de quem são os ministros. A vida espírita é uma ocupação contínua, mas não é sofrida, como na Terra, porque não há o cansaço corporal, nem as angústias da necessidade.

559 Os Espíritos inferiores e imperfeitos também cumprem um papel útil no universo?

– Todos têm deveres a cumprir. O último dos pedreiros não participa na construção de um edifício tanto quanto um arquiteto? (Veja a questão 540.)

560 Cada um dos Espíritos tem atribuições especiais?

– Todos nós devemos habitar em todos os lugares e adquirir o conhecimento de todas as coisas ao exercer funções sucessivas e em todas as partes do universo. Mas, como está dito no Eclesiastes, há um tempo para tudo; assim, um cumpre hoje sua missão neste mundo, outro o cumprirá ou cumpriu em uma outra época, na terra, na água, no ar, etc.

561 As funções que os Espíritos realizam na ordem das coisas são permanentes para cada um e estão nas atribuições exclusivas de algumas classes?

– Todos devem percorrer os diferentes graus da escala para se aperfeiçoar.  Deus, que é justo, não poderia dar a uns a ciência sem trabalho enquanto outros a adquirem apenas com esforço.

O mesmo ocorre entre os homens: ninguém chega ao grau supremo de habilidade numa arte qualquer sem ter adquirido os conhecimentos necessários na prática dos princípios dessa arte.

562 Os Espíritos de ordem mais elevada, não tendo mais nada a adquirir, estão numa espécie de repouso absoluto ou também têm ocupações?

– O que quereríeis que fizessem durante a eternidade? A ociosidade eterna seria um suplício eterno.

562 a Qual a natureza de suas ocupações?

– Receber diretamente as ordens de Deus, transmiti-las em todo o universo e velar pela sua execução.

563 As ocupações dos Espíritos são incessantes?

– Incessantes, sim, entendendo-se que seu pensamento é sempre ativo, pois vivem pelo pensamento. Mas é preciso não comparar as ocupações dos Espíritos às ocupações materiais dos homens. A atividade é para eles um prazer, pela consciência que têm de serem úteis.

563 a Isso se concebe para os bons Espíritos; mas ocorre o mesmo com os Espíritos inferiores?

– Os Espíritos inferiores têm ocupações apropriadas à sua natureza. Acaso confiais ao aprendiz e ao ignorante os trabalhos do homem de inteligência?

564 Entre os Espíritos há os que são ociosos ou que não se ocupam com nenhuma coisa útil?

– Sim, mas esse estado é temporário e depende do desenvolvimento de sua inteligência. Certamente há, como entre os homens, os que vivem somente para si mesmos; mas essa ociosidade lhes pesa e cedo ou tarde o desejo de avançar lhes faz sentir que a atividade é necessária e ficam felizes em se tornar úteis. Falamos dos Espíritos que atingiram o ponto de ter consciência de si mesmos e de seu livre-arbítrio. Em sua origem, nesse despertar, são como crianças que acabam de nascer e que agem mais por instinto do que por vontade determinada.

565 Os Espíritos examinam nossos trabalhos de arte e se interessam por eles?

– Examinam o que possa provar a elevação dos Espíritos e seu progresso.

566 Um Espírito que teve uma especialidade na Terra, um pintor, um arquiteto, por exemplo, se interessa pelos trabalhos de sua predileção durante a vida?

– Tudo se confunde num objetivo geral. Sendo bom, se interessa tanto quanto lhe é permitido se ocupar em ajudar as almas a se elevarem até Deus. Esqueceis, aliás, que um Espírito que praticou uma arte na existência em que o conhecestes pode ter praticado uma outra em anterior existência, porque é preciso que saiba tudo para ser perfeito. Assim, conforme o grau de seu adiantamento, pode não haver mais especialidade para ele; é o que quis dizer, afirmando que tudo se confunde em um objetivo geral. Notai ainda isso: o que é sublime para vosso mundo atrasado é apenas criancice nos mundos mais avançados. Como quereis que os Espíritos que habitam esses mundos onde existem artes desconhecidas para vós admirem o que para eles é somente obra de um estudante? É como vos disse: eles se interessam por tudo que pode revelar o progresso.

566 a Concebemos que deve ser assim para os Espíritos mais avançados; falamos, contudo, dos Espíritos comuns que ainda não se elevaram acima das idéias terrenas.

– Para estes é diferente; o ponto de vista sob o qual observam tudo é mais limitado e podem admirar o que vós mesmos admirais.

567 Os Espíritos se intrometem, algumas vezes, em nossas ocupações e prazeres?

– Os Espíritos comuns, sim; estes estão sem cessar ao vosso redor e algumas vezes tomam parte ativa no que fazeis, conforme sua natureza, e isso é necessário para estimular os homens nos diferentes caminhos da vida, excitar ou moderar suas paixões.

Os Espíritos se ocupam das coisas deste mundo em razão de sua elevação ou inferioridade. Os Espíritos Superiores têm, sem dúvida, a condição para considerá-las nos menores detalhes, mas fazem isso somente quando for útil ao progresso; só os Espíritos inferiores dão uma importância relativa às lembranças ainda presentes na sua memória e às idéias materiais que ainda não estão apagadas.

568 Os Espíritos que têm missões as cumprem no estado errante ou encarnados?

– Podem tê-las em ambos os estados; para alguns Espíritos errantes é uma grande ocupação.

569 Em que consistem as missões de que podem estar encarregados os Espíritos errantes?

– São tão variadas que seria impossível descrevê-las; além do que, não as podeis compreender. Os Espíritos executam as vontades de Deus e não podeis penetrar nos seus desígnios.

As missões dos Espíritos sempre têm por objetivo o bem. Estejam ou não encarnados, eles são encarregados de ajudar no progresso da humanidade, dos povos ou dos indivíduos, num círculo de idéias mais ou menos amplas, mais ou menos especiais, de preparar os caminhos para alguns acontecimentos, zelar pelo cumprimento de algumas coisas. Alguns têm missões mais restritas e de algum modo pessoais ou locais, como assistir aos doentes, agonizantes e aflitos, velar por aqueles de quem se fizeram guias e protetores, dirigi-los com os seus conselhos ou pelos bons pensamentos que lhes sugerem. Pode-se dizer que há tantos gêneros de missões quantas as espécies de interesses a vigiar, no mundo físico ou no moral. O Espírito avança de acordo com a maneira com que realiza sua tarefa.

570 Os Espíritos sempre têm consciência dos desígnios que são encarregados de executar?

– Não; há os que são instrumentos cegos, mas outros sabem muito bem com que objetivo agem.

571 Somente os Espíritos elevados cumprem missões?

– A importância das missões depende da capacidade e elevação do Espírito. O estafeta2 que leva uma mensagem cumpre também uma missão, mas não é a mesma do general.

2 - Estafeta: entregador de cartas, telegramas, etc. Neste caso, significa aquele que conduz ou realiza determinado trabalho (N. E.).

572 A missão é imposta a um Espírito ou depende de sua vontade?

– Ele a pede e fica feliz por obtê-la.

572 a A mesma missão pode ser pedida por vários Espíritos?

– Sim, muitas vezes, há vários candidatos, mas nem todos são aceitos.

573 Em que consiste a missão dos Espíritos quando encarnados?

– Instruir os homens, ajudar em seu adiantamento, melhorar suas instituições pelos meios diretos e materiais; mas as missões são mais ou menos gerais e importantes: aquele que cultiva a terra realiza uma missão, como aquele que governa ou que instrui. Tudo se encadeia na Natureza; ao mesmo tempo que o Espírito se depura pela encarnação, concorre, dessa forma, para a realização dos desígnios da Providência. Cada um tem sua missão na Terra, cada um pode ser útil para alguma coisa.

574 Qual pode ser a missão das pessoas voluntariamente inúteis na Terra?

– Há, realmente, pessoas que vivem somente para si mesmas e não sabem se tornar úteis para nada. São pobres seres dignos de compaixão, porque expiarão cruelmente sua inutilidade voluntária e, muitas vezes, seu castigo começa na Terra, pelo tédio e desgosto da vida.


 


 

  
 
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