Seguem os roteiros do mês de Fevereiro, assim você pode acompanhar e saber quais as referências que os expositores se basearam para elaborarem as palestras. Basta clicar no título da palestra, para visualizar o texto.
(03/02/2013)
Deixai viu a mim os pequeninos
Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo VIII - itens 1 a 4
(05/02/2013 - 06/02/2013 - 10/02/2013)
Pecado por pensamentos e adultério
Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo VIII - itens 5 a 7
(12/02/2013 - 13/02/2013 - 24/02/2013)
Verdadeira pureza. Mãos lavadas
Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo VIII - itens 8 a 10
(17/02/2013 - 19/02/2013 - 20/02/2013)
As Leis de Deus - Trabalho
Livro dos Espíritos - Questões 674 a 685
(26/02/2013 - 27/02/2013)
Escândalos - Cortar a mão
Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo VIII - itens 11 a 17
Deixai viu a mim os pequeninos
E.S.E. Capítulo VIII itens 1 a 4
DEIXAI VIR A MIM AS CRIANCINHAS
1. Bem-aventurados os puros de coração, pois verão a Deus. (Mateus, 5:8)
2. Apresentaram a Jesus então umas criancinhas, a fim de que Ele as tocasse. E como seus discípulos repelissem com palavras rudes aqueles que as apresentavam, Jesus vendo isso repreendeu-os e lhes disse: Deixai vir a mim as criancinhas, não as impeçais; pois o reino dos Céus é para aqueles que se lhes assemelham. Eu vos digo, em verdade, que todo aquele que não receber o reino de Deus como uma criança, nele não entrará. E tendo-as abraçado, abençoou-as impondo-lhes as mãos*. (Marcos, 10:13 a 16)
3 A pureza do coração é inseparável da simplicidade e da humildade. Ela exclui todo pensamento egoísta e orgulhoso. É por isso que Jesus toma a infância como símbolo dessa pureza, como a tinha tomado para o da humildade.
Esta comparação poderia parecer injusta, se considerássemos que o Espírito da criança pode ser muito antigo e que traz ao renascer, para a vida corporal, as imperfeições das quais não se libertou nas existências anteriores. Somente um Espírito que tivesse atingido a perfeição poderia nos dar o modelo da verdadeira pureza. Mas ela é exata do ponto de vista da vida presente, pois a criança, não podendo ainda manifestar nenhuma tendência perversa, oferece-nos a imagem da inocência e da candura. Além do que, Jesus não diz de uma maneira categórica e absoluta que o reino de Deus é para elas, mas sim para aqueles que se lhes assemelham.
4 Uma vez que o Espírito da criança já viveu outras encarnações, por que não se mostra, desde o nascimento, tal como é? Tudo é sabedoria na obra de Deus. A criança tem necessidade de cuidados delicados que somente a ternura maternal pode lhe dar, e essa ternura se torna mais necessária diante da fraqueza e da ingenuidade da criança. Para uma mãe, seu filho é sempre um anjo, e é preciso que seja assim para cativar sua solicitude. Ela não teria o mesmo devotamento se, no lugar da graça ingênua, sentisse, sob traços infantis, um caráter viril e as idéias de um adulto, e muito menos se conhecesse o seu passado.
Aliás, é preciso que a atividade do princípio inteligente seja proporcional à fraqueza do corpo, que não poderia resistir a uma atividade muito grande do Espírito, assim como vemos nas crianças precoces. É por isso que, na proximidade da encarnação, o Espírito, entrando em perturbação, perde pouco a pouco a consciência de si mesmo, ficando, durante certo período, numa espécie de sono, durante o qual todas as suas capacidades permanecem adormecidas. Esse estado transitório é necessário para dar ao Espírito um novo ponto de partida e fazê-lo esquecer, em sua nova existência terrena, as coisas que pudessem atrapalhá-lo. Entretanto, seu passado reage sobre ele e, desse modo, renasce para uma vida maior, mais forte moral e intelectualmente, sustentado e acompanhado pela intuição que conserva da experiência adquirida.
A partir do nascimento, suas idéias retomam gradualmente seu impulso, à medida que se desenvolvem os órgãos. Daí pode-se dizer que, durante os primeiros anos, o Espírito é verdadeiramente criança, pois as idéias que formam a qualidade de seu caráter ainda estão adormecidas. Durante esse tempo em que seus instintos dormitam, ele é mais flexível e, por isso mesmo, mais acessível às impressões que podem modificar sua natureza e fazê-lo progredir, o que torna mais fácil a tarefa dos pais.
O Espírito veste, pois, por um tempo, a roupagem da inocência, e Jesus sabe dessa verdade quando, apesar da anterioridade da alma, toma a criança como símbolo da pureza e da simplicidade
* N. E. - Jesus fazia a imposição das mãos. Os Magnetistas consagraram o processo. Coube, porém, ao Espiritismo o resgate do gesto por amor, o passe em socorro aos necessitados.